sábado, 27 de novembro de 2010

Continuação....

-O hiate "JOVEM LAURA", foi construído nos estaleiros de Fão, por Manuel Dias dos Santos Borda, em 1871 .
Pertencia a José Nunes Teixeira e outro, de Aveiro.
Antes de saírem a barra do Cávado (Esposennde), matrucularam a sua tripulação em 18 de Agosto, que era assim formada:
- Mestre -Cristóvão Domingues Magano, de 28 anos, filho de Joaquim Domingues Magano;
-Contramestre - António Domingues Magano, de 33 anos, irmão do mestre;
- Marinheiros:
-Francisco FerreiraSaraiva, de333 anos, filho de António Ferreira Saraiva;
- Sebastião Francisco Ruivinho, de 29, filho de Rafael Francisco Ruivinho;
- Manuel dos Santos Redondo,de31, filho de Manuel dos Santos Redondo;
- António Francisco Ruivinho, de 25, irmão do Sebastião e
-Luís, de 15 anos, filho de Manuel da Rocha Bastos.
Eram toios de Ílhavo. DEvem tersaído deEsposende, no mês de Outubro, pois o Passaporte Real que autorizava o navio a navegar, tem a data de 10 de Outubro de 1871.


- O hiate "É SEGREDO", foi construído em Fão, no ano de 1860, por Manuel Dias dos Santos Borda, para António Nunes Ramirote.
Era um hiatepequeno, com 14,30 metros de quilha,5,6 de boca e 1,76 de pontaL.
Bateu a estaca em 19 de Março de 1860. A sua capacidada  de carga era de 51 m3, segundo a arqueação feita em 1872, quando saiu a barra deEsposende, com destino à Figueira da Foz.
A sua tripulação, era toda de Ílhavo e assim composta:
- Mestre: António Nunes Ramiro, de 42 anos, casado, filho de João Nunes Ramirote;
Marinheiros: José Marques, de21 anos, filho de Tomás Marques;
-Manuel Serrano, de 30, filho de António Lourenço;
- João Fernandes Pereira, de27, filho de Francisco Fernandes Ferreira e
- Luís dos Santos Parracho, de 18, filho de José dos Santos Parracho.


O hiate "TIMBRE", foi construído em Fão em 1873, por Manuel Dias dos Santos Borda, para Joaquim da Rocha Sousa, da praça da Figueira (?)
O "TIMBRE" só foi lançado à água em 28 de Fevereiro de 1874. 106,634 m3 e media 21,90 metros de quilha, por 6,30 de boca e 2,56 de pontal
Da matrícula da sua equipagem, feita em 13 de Setembro de 1873, consta como contrameste José António do contrameste Russo, de 48 anos, filho de "outro"
-Rodrigo José Russo, filho de José António Russo, de 50 anos
- José Pinto, de 27, filho de Manuel Ferreira Pinto e
- Paulo Nunes Guerra, de 17. Eram todos de Ílhavo, sendo a restante tripulação da Figueira, de Buarcos e de Fão.
Deve ter havido algum contratempo para o bota-abaixo se ter efectivado em Fevereiro de 74, pois a matrícula dasua equipagem tinha sido feita em Setembro de 73 , e segundo o registo,  propunham -se sair com destino a Vila Real de Santo António .

O palhabote "PASSARINHO", construído em Fão por José Martins Branco, para armadores de Fão como os capitães José Pinto de Campos Júnior e Valentim Félix de Magalhães, fo lançado à água em 16 deAbril de 1874.
Em 20 de Julho do msemo ano, aparece como proprietário Augusto dos Santos Gomes & Cª. quando o navio saiude Esposendecom destino a Sevilha, tendo na sua equipagem de pessoas, vários  elementos de Ílhavo, como sejam:
- Contramestre, José António Russo, de 50 anos, filho de "outro";
 marinheiro - Antonio da Silva, de  21 anos, filho de Manuel da Silva , sendo Francisco Ferreira Saraiva , de 17 anos, filho de "outro" e  João Maria Canejo Novo, de16, filho de  Domingos Canejo, os dois moços de bordo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

continuação

-Manuel dos Santos Galo, de 33 anos, de Ílhavo, era o mestre do hiate "BOM JESUS DOS NAVEGANTES", quando este saiu a barra de Esposende em direcção a Setúball, em Setembro de 1863.
Nesta altura era propriedade de José Martins Barbosa Júnior & Cª.
Este hiate tinha sido construído em 1850, nos estaleiros de Fão , por João Gomes Saraiva, para Manuel André Mendes, que era um armador de Fão.
Deslocava 69,5 tons. Tinha a pôpa fechada, borda falsa, beque e salto à ré.

- João Fernandes Mano, era o mestre do hiate "RESSUSCITADO" que pertencia a joaquim Pereira & Cª. de Aveiro.
A equipagem deste navio, toda de Ílhavo, foi matriculada em 11 de Julho de 1870 na Alfândega de Esposende.
João Fernandes Mano, que na altura tibha 45 anos, tinha como seu contramentre João Fernandes Pinto, de 32.
Tomé Campino;, de 36 anos;  António dos Santos, de 24 e Luís dos Santos Boia de 24 , eram os marinheiros.
João Forte-Homem ,de 17 e António Simões Chuva, também de17 anos eram os "moços"de bordo.
Saíram de Esposende para o porto de Huelva, em Julho de 1870, com passaporte Real de 23 de Julho de 1869. que o autorizava  o navio a voltar  por onde lhe conviesse.
Em 1872, João Fernandes Mano, manda construir em Fão, a Luis José da Silva Maciel, um hiate com 19,30 metros de quilha, 5,4 de boca e 2,2 de pontal. a que dá também o nome de "RESSUSCITADO", sendo ele mesmo o mestre dele.
continua...

domingo, 21 de novembro de 2010

Marinheiros de Ílhavo em Esposende

Entre finais de 1859 e princípios do 60 , foi construído nos estaleiros de Esposende, o hiate "RASOULO 1º" , para José Rasoulo, de Ílhavo.
O navio, media 72 palmos de quilha, por 25 de boca e  8 de pontal. Deslocava 64 toneladas.
A sua primeira tripulação, que  foi matriculada em 5 de Junho de 1860, na Alfândega de Esposende, tinha a seguinte composição:
- José Rasoulo  de 40 anos, casado, - mestre; (Assina Rasoullo)
- José Simões Ré, de 30 anos, casado - contramestre;
- Ramir(i)o Estevão. de 29 , casado, - marinheiro;
- Francisco Mergulhão, de 28, casado - marinheiro;
- João Pereira da Velha, de 40 - marinheiro;
- João Gaiteira, de 27 - moço.
Sairam a barra deEsposende, em direcção a Aveiro, autorizados pelo Passaporte Real de 9 de Abril de 1860.

Marinheiros de ìlhavo em Esposende

- Em 1859, nos estaleiros de Fão. foi construído o hiate "VIANENSE", por Manuel Dias dos Santos Borda, para José Marins Barbosa Júnior. Media 79 palmos de quilha..
A sua tripulação era todade Esposende, quando registada em 5 de Março de 1859.
O mestre, porém, era Luís de Oliveirada Velha, de 25 anos, casado, de Ílhavo.
Saíram em direcção a Viana do Castelo, com passaporteReal de 31 de Janeiro de 1859.
De notar que esta sera a primeira viagem do navio e que a tripulação , neste caso de Esposende, regressava a casa, logo após a "entrega" do navio ao armador da praça respectiva.

- O caíque "NUGRE", foi construído em 1859, nos estaleiros de Fão, por Francisco Dias dos Santos Borda, para António André & Cª, de Ílhavo
Em 11de  Março de 1860, matriculou  sua equipagem , assim cosnstituída:
Domingos d'Angélica, mestre, 26 anos;
António Manuel Ruivo,contramestre,30;
Manuel Pereira Novo,26, marinheiro;
João Ruivo, moço, 18, irmão do contramestre;
Ramiro António Ruivo, moço, de 10 anos
Manuel Francisco da Magdalena, moço, 14
O outro elemento da tripulação era da Ericeira
Saíram deEsposende, para Viana do Castelo, com passaporteReal de 12 de Marlo de 1859
Continua....

sábado, 20 de novembro de 2010

Marinheiros de Ílhavo

... Em 11 deOutubro de 1856, o "Três Amigos", volta a matricular a sua equioagem, para sair do porto de Esposende, rumo a Aveiro, autorizado pelo Passaporte Real de 27 de Fevereiro desse mesmo ano.
Desta vez o mestre é Calisto dos Santos, de 32 anos, solteiro que juntamente com 2 marinheiros e 3 "moços", completava a tripulação.
Eram marinheiros:
-Joaquim João Frade, de 23 anos;
- Manuel Nunes Branco, de 24;
Moços: João Fernandes Mano júnior, de 18;
- João Fernandes Pinto e
- José Simões Bixirão.

Em 7 de Maio de 1857, faziam parte da tripulação da Rasca "Salineira de Aveiro", de Luís Gonçalves Moreira e Cª, da Ericeira os seguintes marinheiros ilhavenses:
- Manuel de Oliveira da Gonsala, de 40 anos;
- Fernando Baía, de 22;
- José Gonçalves, de 32;
- António Fernandes Saborano, de 28  e
- Manuel de Oliveira da Gonsala, de 10 (dez anos!!!)
O mestre, António Gomes, era da Ericeira e o Contramestre, Custódiio Bernardo Lemos, era de Aveiro,
Esta"rasca", foi construída nos Estaleiros ed F
ão , por Francisco Dias dos Santos Borda e  nesta altura, saiu a barra de Esposende em direcção a Viana do Castelo.

Em 1857, é construído em Fão o hiate "Novo Atrevido", para José António Pereira da Cruz, de Ílhavo.
Deslocava 44 toneladas.
A sua tripulação, que era toda de Ílhavo, foi matriculada na Alfândega de Esposende em Maio de 1857, era composta por:
- mestre, Manuel Marques, de 24 anos;
- contramestre, José Simões Ré, de 24;
-marinheiro, José Nubes Rabirote (sic)  . Será Ramirote?
- Moço - João Simões Ré, irmão de José, de 22 anos e
Joaquim Belesa, de 19.
Saíram de Esposende com destino a Aveiro.

Em 1858, foi construído nos Estaleiros de Esposende, o hiate " Feliz Destino", para a Viscondessa deSanto António e outros, da praça de Ílhavo.
Deslocava 37 toneladas e foi construído por António dos Santos Garcia, reputado construtor naval, de Esposende.
A equipagem era toda de Ílhavo, a saber:
- João da Rocha, de 33 anos, mestre;
- Manuel de Palos (ou  de Passos?), de 28, marinheiro;
- João Francisco, de 24, marinheiro;
- Marçalo Matias, de 40, marinheiro;
- João Domingos da Rocha, 18 anos, moço e
- João Luís Belesa? (Vellera?, no documento)
Esta equipagemfoi matriculada em 27 de Maio de 1858 na Alfândega de Esposende.
O navio saiu a barra deEsposende com destino a Lisboa, com passaporte Real de 18 deFevereiro de 1858.
Continua...

Marinheiros de ìlhavo em Esposende no Sé.XIX

O primeiro marinheiro de Ílhavo, de que tenho registo aqui enm Esposende, é João Fernandes Mano, que na altura tinha 28 anos .
Era o mestre do caíique "Três Amigos", pertencente a Joaquim Gonçalves Regado, aqui da freguesia de Marinhas, que foi também o seu construtor.
Era um barco relativamente pequeno, destinado à cabotagem, do qual o mestre Mano também era sócio.
Mais dois marinheiros de Ìlhavo, Manuel Oliveira de Gonsala, de 35  anos e Roque Fernandes Mano, irmão do mestre, de23 , faziam parte da equipagem que foi matriculada em 3 de Março de 1855, na Delegação da Intendência da Marinha do Porto, ou seja  na Alfândega de Esposende.
O caíque saíu a barra de Esposende em lastro, em direção a Aveiro.

Em 3 de Junho de 1856, volta a aparecer João Fernandes Mano, desta vez já titular da propriedade do "Três Amigos", mas com a tripulação de 3 marinheiros e um moço, todos de Ílhavo:
- António Estalinho, de 36 anos;
- Manuel Fernandes Pinto, de 20;
- Joaquim Frade, de 20 e
- João Fernandes Pinto, de 15 anos, irmão do Manuel.
Sairam de Esposende, para Viana do Castelo , com  "volta incerta"
Continua...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Naufrágios na costa de Esposende

Desde há muitos séculos que se têm registado naufrágios na costa de Esposende elvolvendo embarcações que vão dos simples barcos de pesca, a transatlânticos.
Provavelmento o mais célebre (  não há documentação sobre o assunto...) foi aquele de que nos fala a lenda dos "Cavalos de Fão" e que terá tido como protagonistas navegadores Fenícios, na idade do bronze, quando estes se dirigiam para a Cornualha em busca do estanho, na chamada rota de Avieno.
Ao , mais romanceada, outra lenda diz-nos que foram os navios do Rei Salomão que aqui vinham buscar ouro,carregados de cavalos e que teriam batido naquelas célebres pedras e naufragado. Daí adviria o nome de "Cavalos" que seriam os tais corseis naufragados, ficando para a posteridade aí  petrificados .
O próprio nome de "Esposende" parece ter algo a ver com o naufrágio de um tal "Spanuzindus".
Vem isto a propósito de um trabalho que tenho em mãos e que diz respeito aos naufrágios históricos que aconteceram na área da costa do concelho de Esposende.
Para tal tenho feito pesquisa, nomeadamente nos Arquivos Paroquiais, Arquivo Municipal, Arquivos Centrais, Jornais, em contacto directo com intervenientes, na tradição oral,etc e também na "net", em "blogs" especializados que me merecem todo o respeito.
Porém tenho notado, no que diz respeito ao que se esvreve na "net", que nem sempre a localização dos naufrágios está correcta, pois, invariavelmente os recifes referenciados são os "Cavalos de Fão". Ora, a costa de Esposende tem, infelizmente, muitos mais "baixos" perigosos, sendo que foi nalguns deles que se deram os maiores naufrágios. Chamo a atenção para esta situação, pois os arqueólogos subaquáticos, gostarão de ir ao local exacto, quando em acção!
Nem sempre os jornais nacionais são  fontes fidedignas.É preciso consultar os jornais locais.E mesmo estes, quando há dois na mesma área, nem sempre dizem a mesma coisa... ou seja, é preciso "chécár", com outras informações.

sábado, 13 de novembro de 2010

O que é e para que é este "blog" ?

Este espaço cibernético é o "sítio" onde espero trocar algumas impressões com muitos dos  "navegadores" que gostam das coisas do mar.Não é por acaso que se chama " o Esstrinqueiro", termo em desuso que significa o marinheiro que lida(va) com a estrinca, que era um engenho «de eixo horizontal destinado a manobra das vergas , mastaréus e outras que demandassem grande força» Era usada a bordo das naus onde ,em manobra, os cabos passavam numa abertura feita no convés , chamada "chaminé da estrinca". Nos galeões, esta "maquinaria" , era substituída por dois cabrestantes .
Sou descendente de um deses "estrinqueiros", nascido e criado numa terra de forte tradição marinheira - Esposende - , cujos filhos estiveram na Carreira da Índia, logo nas primeiras Armadas; nas frotas do Brasil, em 1514; nas Índias de Castela; no tráfico negreiro; nos Bancos do Bacalhau ,desde o Séc.XVI, no norte da Europa, na comercialização do sal, enfim ,por esses mares do Senhor, onde tantos naufragaram! 
Julgo ter muitos elementos (documentados) que  poderei dar a conhecer. Espero também vir saber (muito) do que não sei...
Para isso, saudo desde já, todos aqueles que queiram entrar nesta "viagem" extraordinária ao passado das nossa gesta marítima litorânea, que abordará também a construção naval  e a construção de modelos à escala de navios antigos.
Sejam Bem Vindos!
Zé Feliz